O Brexit mudou os planos da União Europeia, sendo algo que trará consequências para o setor económico. O transporte terrestre internacional é uma das áreas que terá de se reconsiderar também.
O impacto do Brexit no transporte terrestre internacional
Quando sair da União Europeia, o Reino Unido (ou, eventualmente, os países daí remanescentes), terá de respeitar as taxas aduaneiras e de trânsito, pelo que se prevê uma alteração nesses custos, para cima, referentes às mercadorias que venham a entrar e a sair do país, em trocas com a União Europeia.
Fontes do setor do transporte internacional de mercadorias asseguram que os requisitos aduaneiros serão extremados, impondo-se novas formas de controlo de camiões. Com os problemas dos últimos anos relacionados com a segurança nas fronteiras, como o terrorismo e a imigração irregular, o Reino Unido pratica já uma aproximação apertada a este assunto, prevendo-se agora maior inflexibilidade quanto a essas políticas.
As exportações por transporte terrestre cairão
Neste momento, o Reino Unido é dos principais destinos das exportações portuguesas; prevê-se, no entanto, que este fluxo possa perder força devido ao Brexit, até por eventuais consequências na Libra que se adivinha, no futuro, inferior ao Euro. Ora, significa isto que as empresas inglesas terão menor capacidade económica de compra perante uma Europa de moeda mais forte.
Porém, há formas de amortecer este impacto no transporte rodoviário internacional: a transferência das sedes britânicas para outros países da União Europeia, reduzindo problemas burocráticos e administrativos. Ainda assim, quer a União Europeia, quer o Reino Unido, encontram-se atualmente a negociar as medidas pós-Brexit, e um acordo com tarifas baixas, ainda não descartado, seria uma ajuda para as empresas ligadas ao transporte rodoviário internacional.